quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Guerrilha Urbana Eleitoral


Em todas as eleições sempre há a presença de “ações não convencionais”, digamos que “não oficiais”, que têm o objetivo de minar a força do adversário político através da informalidade. Neste ano de 2014, embora não seja novidade no cenário das eleições no Brasil, as ações de Guerrilha Urbana Eleitoral estão bastante fortes, pois o combate oficial está bastante acirrado (equilibrado) e ambos os lados estão querendo ganhar a qualquer custo.

Uso o termo “guerrilha urbana eleitoral” para manter a mesma analogia com estratégias militares que foram feitas no post “Eleição é Guerra”.

Guerrilha é segundo o Dicionário Aurélio:

“Luta armada realizada por meio de pequenos grupos constituídos irregularmente, sem obediência às normas estabelecidas nas convenções internacionais, e que, com extrema mobilidade e grande capacidade de atacar de surpresa, visa ao crescimento progressivo das próprias forças mediante a incorporação de novos combatentes e abertura de novas frentes guerrilheiras até que se possam travar com êxito combates diretos contra as tropas regulares inimigas”.

Guerrilha Urbana é tudo isso adaptado para vias urbanas e, obviamente, Guerrilha Urbana Eleitoral são todas as técnicas adaptadas para o processo eleitoral.

Vale ressaltar que a Guerrilha Urbana Eleitoral é completamente diferente do que nós, profissionais ligados a área de marketing, entendemos como “Marketing de Guerrilha” e muito diferente também do que conhecemos como “Marketing de Emboscada”. O primeiro é bastante conhecido e cada vez mais comum, principalmente nesta era do “Marketing Promocional”. O segundo já não é muito bem visto e, só para dar um exemplo, é o que ocorre bastante durante a Copa do Mundo e que a Fifa tenta impedir.

Cito abaixo dois exemplos um de Marketing de Guerrilha e um de Marketing de Emboscada dentro do processo eleitoral.

MARKETING DE GUERRILHA ELEITORAL (exemplo)

Fazer uma intervenção no centro da cidade colocando pessoas assobiando ou cantando o jingle do candidato. Pessoas que aparentemente não teriam ligação alguma, espalhadas, como se tivessem simplesmente de passagem. Poderia colocar também uma quantidade significativa de pessoas aparentemente sem relação alguma usando camisas diferentes com foto e número do candidato.

Isso passaria a sensação que as pessoas estão aderindo ao discurso do candidato e chamaria a atenção para o público atingido prestar mais atenção ao discurso do candidato através dos debates, das propagandas e dos programas eleitorais.

MARKETING DE EMBOSCADA ELEITORAL (exemplo)

Próximo a (ou até mesmo dentro de) um comício, carreata ou passeata do adversário, colocar pessoas para agirem de forma discreta com material de campanha do candidato. A ação precisa parecer “natural” e não uma intervenção de fato.

Claro que esse tipo de ação, em termos eleitorais, é bastante arriscado para a sua integridade física, pois trata-se de uma provocação. Num cenário eleitoral, principalmente muito disputado e com os ânimos bem acirrados, isso poderá (e provavelmente vai) gerar resposta violenta em cima das pessoas que estiverem armando a emboscada.

NOTE!

Note que tanto o Marketing de Guerrilha Eleitoral quanto o Marketing de Emboscada Eleitoral não fazem uso da intimidação, da depredação, da INTERVENÇÃO DIRETA NO MATERIAL OU MILITÂNCIA do adversário. Poderíamos dizer até que são “intervenções limpas”, talvez subliminares, mas intervenções limpas.

GUERRILHA URBANA ELEITORAL

A guerrilha, por definição, lida com o uso da força (física e psicológica) para TENTAR IMPOR ao próximo a adesão da sua causa. A guerrilha acaba entrando na esfera da exigência, da intimidação, da revolta e do medo. Faz uso de meios fora do campo do diálogo, do racional. O uso da verdade, inclusive, não é necessário, pois a importância maior é que atendam as suas expectativas a qualquer custo. Fazem uso sistemático de “meios de pressão”. Não atoa, UMA DAS ARMAS DA GUERRILHA É EXATAMENTE O TERROR.

“Se você não faz o que eu quero, vou exigir por meio da força até que você abrace a minha causa.”

Pode-se fazer, tomada as devidas proporções, paralelos com os movimentos radicais do mundo (alguns até com certo caráter social): FARC, ERP, Al Qaeda, Estado Islâmico, os separatistas na Ucrânia, os paramilitares chavistas da Venezuela, o MST, o MTST, o Black Blocs, etc...

São inúmeras as armas da Guerrilha Urbana Eleitoral, assim como qualquer guerrilha. Vale qualquer coisa que possa pressionar o seu alvo para fazer o que você quer. Neste cenário, resolvi listar apenas alguns exemplos que estou vendo nesse segundo turno das eleições de 2014.

01) Uso de cartazes e panfletos “amadores”

Sabe aquele tipo de cartaz, em papel ofício impresso em casa? É mais ou menos isso. Só que o conteúdo do material está voltado para espalhar boatos, mentiras, algumas meias verdades, mensagens de intimidação... Pouco importa a veracidade do que é veiculado, pois o objetivo é gerar uma resposta “negativa” em relação ao adversário político, é confundir o eleitor, pô-lo em dúvida, é “queimar” a imagem do adversário ou fazer o eleitor ter receio de manifestar sua opinião seja por vergonha ou por medo.

Esse tipo de material é colocado ou distribuído, normalmente, em pontos de ônibus, postes, universidades, portas de escolas, praças de grande circulação e não há uma identificação clara se o material distribuído é atestado pela equipe do candidato ou não. Ou seja, o emissor normalmente é um anônimo, mas trabalha em favor do candidato.

02) Retirada ou depredação do material de campanha

Recolher material de campanha do adversário político durante as campanhas eleitorais, infelizmente, é muito mais comum do que se pensa. O mesmo vale para a depredação.

Esse tipo de ação tem como objetivo (e consequência) a diminuição ou até mesmo a extinção da visibilidade do adversário nas campanhas de rua. Quando ocorre a depredação, tem-se ainda a sensação de “rejeição”, ou seja, pior do que a ocultação.

No segundo turno, quando se há apenas duas opções para escolher, há ainda a sobreposição de material de campanha (colar adesivo em cima do material de campanha do adversário, por exemplo). Essa atitude pode gerar um efeito contrário de rejeição devido a falta de respeito, mas essa rejeição acaba sendo muito pequena em relação ao dano causa.

03) Intimidação de eleitores do adversário

Essa talvez seja a mais grave de todas as “armas” da Guerrilha Urbana Eleitoral. Ameaçar, intimidar, xingar, agredir fisicamente (sim, isso ocorre e já aconteceu este ano com mais de uma pessoa conhecida minha em Salvador-BA e em 2012 parente meu foi intimidado quando saía de casa para votar e amigo meu sofreu agressão física próximo ao local de votação), depredar propriedade do eleitor (riscar carro, encher o carro de adesivos, quebrar vidro do carro, pichar muro, etc...), tomar material de campanha a força (mandar tirar camisa, rasgar roupa, etc...)... Enfim... Toda forma de intimidação possível e inimaginável.

Essas ações têm como objetivo deixar o eleitor do adversário com medo, apreensivo até sair para votar se este não estiver convicto do seu voto. O eleitor do adversário terá medo de manifestar seu apoio com medo de alguma retaliação, alguma perda de bem ou até agressão física. Essas ações são mais fortes nos dias de votação ou poucos dias antes. Inclusive, o uso de boatos de agressão, de assaltos, brigas de militantes, etc..., não são raros nas redes sociais. Mas, pior é quando isso não é um boato, mas sim um fato.

TERRORISMO ELEITORAL

Nestas eleições de 2014 tem-se falado bastante do “Terrorismo Eleitoral” que um partido político está realizando. Como disse anteriormente, o “Terrorismo” é uma das inúmeras armas da Guerrilha. Antes, neste post, eu estava tratando mais da “Guerrilha Urbana Eleitoral”, ou seja, procurei dar ênfase - não exclusividade - nas ações físicas de rua. Todas as ações descritas anteriormente podem ter pontos que se enquadram no “Terrorismo Eleitoral”, principalmente a última citada.

A definição de “Terrorismo”, tirada da Wikipédia, é a seguinte:

“Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, incluindo, antes, o resto da população do território. É utilizado por uma grande gama de instituições como forma de alcançar seus objetivos, como organizações políticas de esquerda e direita, grupos separatistas e até por governos no poder.”

Obviamente, anexando o termo “Eleitoral” as ações são adaptadas para esta finalidade.

A arma “Terrorismo” é utilizada para alcançar o objetivo através da PRESSÃO usando o artifício do medo que é um dos sentimentos mais primitivos do ser humano, que o faz, inclusive, perder a razão. A emoção toma conta e “bloqueia” as ações que possam trazer alguma mudança, visto que a “não ação” é exatamente a continuidade. A pessoa com medo tende a ficar estática.

Eleitoralmente falando, incutindo o medo a pessoa tende a manter a atual situação, mesmo que ela deseje alguma mudança. É exatamente por isso que o PT está atacando através do “medo”, pois o sentimento de mudança da população é bastante forte e o principal mote de campanha de Aécio Neves é “Mudança”. Foi por isso também que em 2002 o PSDB usou o mote “medo” em cima do Lula, embora não tenha sido com tanta veemência e sujeira como está sendo feito este ano.

São inúmeras as formas de disseminar o medo (além das já citadas). Particularmente neste ano de 2014 o medo está sendo disseminado através das propagandas políticas (inclusive começaram bem cedo, antes das campanhas eleitorais), através do celular usando as mensagens de texto SMS e o aplicativo WhatsApp, através de boatos espalhados nas redes sociais, através de telefonemas, através de discursos em comícios e através de militantes usando o “boca-a-boca”.

O ser humano em si tem aversão à perda, tem medo de perder. É inegável que nesses doze anos de governo do PT muitos que não tinham nada, hoje em dia têm alguma coisa (a “validade” dos métodos não vem ao caso agora) e perder para voltar à miséria é de gerar pânico nestas pessoas. Reparem que não estou falando de ataques à honra e à moral do adversário, estou falando de ataques ao psicológico do cidadão, ou seja, à transformação de quem precisa e tem alguma dependência em ESCRAVO. É fazer uso da necessidade alheia para escravização e é exatamente por isso que não dão uma “porta de saída”, um meio da pessoa poder sair de tal situação... É colocar na pessoa grilhões com uma bola de chumbo pesadíssima que a impeça de realizar qualquer movimento de forma independente.

O terrorismo faz uso de pessoas que nada tem a ver com a situação para atingir os inimigos, o terrorismo eleitoral faz uso de pessoas inocentes e com certo grau de dependência (física e/ou psicológica) e ingenuidade para atingir o adversário político. Em ambos os casos, a pressão através do medo bloqueando o poder de ação.

Agora, cabe uma observação... Disse anteriormente que o medo bloqueia a ação, mas ele pode também chamar a pessoa a agir contra o alvo e não contra quem de fato está fazendo o uso do terror. É uma completa inversão dos sentidos.




sábado, 18 de outubro de 2014

A Construção de Um Discurso Político Difamatório


Ante de começar, quero dizer o porquê de eu ter deixado de postar desde agosto...

Eu pretendia fazer uma série sobre “Marketing Político”, mas a mesma foi inviabilizada. O motivo? Simplesmente esse ano está sendo o das CAMPANHAS POLÍTICAS MAIS SUJAS DA HISTÓRIA RECENTE DO BRASIL. O conceito de “Eleição é Guerra”, que tratei em outro post, assumiu o seu mais alto patamar em que praticamente tudo está valendo.

Devido a esse cenário e ao fato de a campanha a ser analisada seria a do PT, partido que na ocasião considerava o mais competente em termos de Marketing Político, (embora, hoje, esteja vendo que o pessoal do PSDB está colocando o do PT no bolso!) e esta campanha está sendo IMUNDA (primeiro turno detonaram a Marina com algumas rajadas em Aécio e este segundo turno está tudo concentrado em Aécio, como era de se esperar), decidi cancelar essa série para não tomar partido (embora minha preferência, desde o início, fosse de fato pelo candidato Aécio Neves e sua coligação por motivos que não vem ao caso).

O Marketing Político não é realizado apenas durante as campanhas eleitorais, ele vem sendo elaborado com bastante antecedência (acaba uma campanha eleitoral, já começa um novo projeto até o próximo processo eleitoral) e eu venho acompanhando a comunicação do PT de forma mais atenciosa há pelo menos três anos. Isso gerou um bom material para análise que, infelizmente, não caberia colocar em prática de modo, digamos, QUASE neutro.

O que me estimulou a voltar para fazer esse post foi o fato de eu realmente ter saturado dessa campanha e em ver tanta gente estarrecida com a formatação dessa Campanha Eleitoral de 2014. O que é feito durante uma campanha eleitoral para derrubar um candidato, fica na campanha e qualquer coisa que seja desmentida de nada valerá depois, pois o resultado já saiu e não há como provar que tal difamação (caso seja mentirosa) de fato tenha contribuído para a derrota do difamado (embora todo mundo saiba que o motivo foi a difamação, é praticamente impossível provar juridicamente).

Outro fator que me fez ter vontade de voltar a escrever foi o fato de eu ter previsto de forma quase que certeira o que aconteceria nas eleições para governador da Bahia, após ver o último programa dos candidatos Paulo Souto do DEM (aparecendo liderando as pesquisas) e Rui Costa do PT (candidato que estava ascendendo cada vez mais).

Após ver os programas a primeira pergunta que fiz foi: “Como é que o Democratas não previu que a campanha do PT iria atacar exatamente esse ponto no último programa eleitoral e não se antecipou (blindou)?”. Daí não foi muito difícil prever que Rui, que estava ascendendo, iria para o segundo turno na frente de Paulo Souto (só não esperava que o impacto seria tão grande a ponto dele ganhar logo no primeiro turno).

Como hoje a situação está bem parecida com o que está para ocorrer com o candidato Aécio Neves (sim, meu candidato), excetuando o fato de que é ele que vem em processo de ascensão, embora esteja, hoje, à frente nas pesquisas, resolvi mostrar para vocês um pouco dessa minha percepção para chegar à conclusão em relação às eleições para governador da Bahia. Vale destacar que falo de mesma situação e NÃO DO MESMO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO DISCURSO.

Construindo um Discurso Político Difamatório

Como disse na breve introdução, o Marketing Político não acontece apenas durante o processo eleitoral. A campanha eleitoral é o final de todo o trabalho realizado antecipadamente. Então é muito comum plantar notícias sobre um determinado candidato com bastante antecedência para usá-la como validadora (desenterrando-a) durante a campanha eleitoral (ou em até mais de uma campanha eleitoral), assim como arquivar as notícias verdadeiras sobre escândalos que o oponente venha a cometer, fazendo uma espécie de “clipping”. Como esse é um trabalho constante e que continua ocorrendo em todas as etapas que listarei não a considero como uma etapa específica.

Eu identifico NO MÍNIMO QUATRO ETAPAS BÁSICAS, sendo que dentro dessas etapas básicas podem ter (e normalmente têm) outras pequenas etapas. As 4 etapas básicas são:

01) Identificar um grupo sensível (ou mais) para ser acionado na hora de atacar
02) Procurar entre os discursos (propagandas, comícios ou debates) algo que possa ser interpretado de uma maneira que afete um desses grupos, fazendo um arranjo discursivo
03) Plantar Notícias e estimular meios de divulgação, promover ataques através de agentes e manipular notícias antigas ou de difícil averiguação
04) Lançar no último programa e/ou no último debate a "bomba", quando o oponente não tem mais chance de se defender a altura.

Etapa 1: Identificar um grupo sensível (ou mais) para ser acionado na hora de atacar

Atualmente existem 3 grupos que estão bem sensibilizados e que são bem relevantes para campanhas eleitorais: a) Mulheres, devido ao movimento feminista; b) Negros, devido ao movimento negro; c) LGBTs, devido aos movimentos gays. Lembra que falei que o processo de “Marketing Político” começa muito antes? Os partidos que estão mais imersos nos movimentos sociais associados a esses grupos são exatamente o PT e seus aliados, sendo assim muito fácil acioná-los.

O trabalho em cima desses grupos é feito durante muito tempo, tanto de “implantação de comandos” para reagirem quanto de fomentação da insatisfação, deixando-os sempre insatisfeitos, sempre promovendo a “luta de classes” e se colocando como um dos poucos (se não o único) que de fato olha para esses grupos.

No caso que estou vendo do Aécio Neves, o grupo selecionado foi o de MULHERES (e se for negra e/ou homossexual, melhor ainda!). Esse grupo (o de mulheres) ainda servirá para tentar frear o candidato Aécio Neves nas respostas em relação a Dilma, fazendo-o pensar mais vezes do que pensaria caso o adversário fosse do sexo masculino.

Etapa 2: Procurar entre os discursos (propagandas, comícios, debates, etc...) algo que possa ser interpretado de uma maneira que afete um desses grupos, fazendo um arranjo discursivo.

Identificado(s) o(s) grupo(s) e sabendo como reage(m) a determinados comandos (discursos), basta aguardar a oportunidade de “pinçar” algo que o oponente disse e que possa ser interpretado (mesmo que de forma forçada) como um ataque aos valores de tais grupos. Para fazer isso, basta colocar uma pessoa (ou uma equipe) especializada em “métodos de interpretação” (pode ser semioticistas ou analistas de discursos, por exemplo) com objetivo direcionado de “captar possibilidades interpretativas”. Hoje em dia não é muito difícil encontrar (deturpar) discursos para que pareçam “racistas”, “machistas” ou “homofóbicos”.

Esse discurso pode, inclusive, ser estimulado, trazido à roda através de temas que tenham, de modo secundário, um dos grupos selecionados.

Dilma, por exemplo, e apenas um exemplo, quando perguntou para Aécio (em um dos debates) sobre SEGURANÇA, inseriu “SEGURANÇA DA MULHER, deixando claro que queria que fosse tratado desse assunto. Falando de MULHER, seria muito mais fácil conseguir pinçar um discurso que parecesse “machista”, afinal, estaria se falando de violência contra a mulher que em praticamente todos os casos é realizada por homens. Outro fator importante desse estímulo é que prepara o público para o tema, deixando-o mais sensível.

Bom... Para este caso, existe uma notícia de 2009 em que Aécio Neves é acusado de bater em sua namorada (atual esposa e mãe dos filhos gêmeos dele) publicamente numa festa, fato que já foi desmentido e esclarecido (aqui tem outra fonte "Informação falsa: Aécio Neves agrediu namorada Letícia Weber em 2009"). Então, trazer o tema “Violência Contra a Mulher” pode trazer à baila essa notícia (próxima etapa).

Etapa 3: Plantar Notícias, estimular meios de divulgação, promover ataques através de agentes e manipular notícias antigas ou de difícil averiguação.

Essa é exatamente a etapa em que todo o trabalho sujo é colocado em prática. Tendo o oponente fisgado a isca, é partir para as manipulações e deturpações.

No Debate da Band para o Segundo Turno (14/10/2014), segundo os petistas, Aécio Neves foi machista ao se dirigir a Dilma Rousseff da forma como se dirigiu (se foi uma reação ou não para esse processo é irrelevante, mas o fato é que provocam o tempo inteiro para alcançar o objetivo) e quando ele usou os termos “Trabalhador” e “Dona de Casa” (detalhe que Dilma TAMBÉM USA esses termos para se referir de forma similar).

Colocou-se então uma nota no site oficial do PT denominada “Aécio dá show de machismo no debate da Band”, usando o termo “Machismo” que faz ativar o movimento feminista e toca muitas mulheres que recebem uma carga midiática pesada de tudo que ELES (do partido e movimento feminista) acreditam ser “machismo”.

O primeiro “estímulo” fora do site partiu das mídias sociais, local onde o engajamento é bastante significativo e tem um bom poder de viralização. As imagens abaixo foram tiradas da Fanpage Oficial do Partido.


Depois precisam vir outros reforços como este para manter a unidade e manter o tema sempre vivo.


No Debate do SBT (16/10/2014) o candidato Aécio Neves (acertadamente, ao meu ver) também não poupou ataques verbais em resposta às provocações da candidata Dilma Rousseff. Aécio tratou a atual presidente de igual para igual (com igualdade e não considerando a mulher como “sexo frágil”, que por sinal as feministas odeiam ser chamadas disto, e em consonância com a imagem de "forte" que a atual presidente adota), respondendo os ataques à altura, aumentando a temperatura em outras ocasiões. O clima do debate foi bastante tenso e carregado (chegando até a candidata Dilma passar mal durante uma entrevista após o debate).

Essa atitude de Aécio (repito, acertada, mesmo com as consequências que podem/poderiam gerar) abriu a porta para dizer que o candidato tucano não respeita mulheres e é agressivo com mulheres (não somente com Dilma, mas com mulheres em geral). Isso pode trazer à tona a notícia de 2009 em que o acusaram de ter agredido a namorada na festa (link na Etapa 2) e implantar o conceito Aécio machista que é agressivo com mulheres. Obviamente, não iriam deixar isso em branco e Lula, em um comício em Manaus disse que Aécio foi Ignorante COM UMA MULHER. Reparem que ele usou a expressão “uma mulher” e não com a candidata Dilma Rousseff. Por que isso? Ora! Para dar andamento na fixação da imagem que pretendem dar a Aécio Neves (a imagem de machista) e como Dilma Rousseff irá atacar o candidato, cada vez que ele ataca-la o PT irá tentar dizer que o candidato não respeita o fato da presidente da república ser mulher, dando a entender que ele só a trata dessa forma porque trata-se de uma mulher e que por isso ele é um "troglodita machista".

Trabalhando com essa declaração de Lula com a notícia de 2009, podem agora trazer vários reforços. Um deles foi associar o artista Dado Dolabella que já foi acusado por agredir namoradas (por que não trazem o Netinho de Paula, cantor e do partido PCdoB, aliado do PT?) e diversos escândalos de “molecagem”.


A militância pode ser acionada de forma ativa ou passiva. Ativa é quando essa militância está sendo gerenciada pelo partido, passiva é quando essa militância (ou militante) é pega pelos estímulos da militância ativa, da mídia ou do próprio partido.

A manipulação da postagem abaixo não sabe-se ao certo se foi “ativa” ou “passiva”, mas isso pouco importa para o resultado final (aliás, conseguir esse grau de engajamento de militantes passivos é o que deseja todo candidato). O importante, agora, é ver como a notícia foi manipulada!

(Sem link, pois trata-se de um perfil pessoal)

Repare que o texto ao lado é EXATAMENTE o mesmo da postagem de 2009 (arquivada), mas a imagem da mulher agredida não condiz com a notícia, ela foi usada apenas para mostrar um rosto conhecido na mídia e sem relação com o caso listado. Mas isso pouco importa, pois a notícia da imagem é muito antiga (embora tenha voltado à tona pois o agressor neste caso é um ator e este está sendo acusado de ter agredido a mulher recentemente). Essa imagem da mulher agredida, segundo fonte, é de 2006, mas segundo acusação o ator agrediu OUTRA mulher no início deste ano (“Ex-namorada de Kadu Moliterno relata que foi agredida pelo ator após descobrir traição e presta queixa”).

Repararam a “confusão”?

Aécio foi acusado de ter agredido uma mulher em 2009, trazem uma mulher que foi agredida por outra pessoa em 2006 e que não tem relação com o fato recente que trouxe a notícia. Resumindo, a pessoa para verificar essa notícia vai rodar bastante.

Essa outra parte de uma militância organizada, a UJS, que e fortemente ligada ao Partido dos Trabalhadores. Repare que eles trazem uma capa de jornal antigo e a verificação é praticamente inacessível.


Etapa 4: Lançar no último programa e/ou no último debate a "bomba", quando o oponente não tem mais chance de se defender a altura.

Obviamente aqui, nesta etapa, trata-se de especulação. Trata-se de UMA POSSIBILIDADE. Como “Eleição é Guerra”, é um jogo de xadrez, é preciso ver a movimentação do adversário. O Marketing do PT pode optar por antecipar ou abortar e colocar outro tema que ele julgue mais “grave” (por exemplo, está também em evidência o caso do Helicóptero com quase meia tonelada de pasta base de cocaína e que também já foi desmentido e esclarecido). O Marketing do PSDB pode resolver esclarecer isso antecipadamente e neutralizar a ação do PT. Enfim, só a movimentação poderá dizer. Há também outras possibilidades de desfecho, mas aqui irei me ater a notícia inicial (a de 2009, que Aécio foi acusado de ter agredido a namorada).

Com todo esse terreno preparado, essa bomba pode ser lançada no último programa eleitoral de TV e Rádio ou no último debate. Como este ano o último debate será um dia antes do último programa eleitoral, lançando o tema no último debate ainda haverá tempo de tentar desfazer (embora o impacto da resposta não será o mesmo). Então...

No dia 24/10, no último programa, pode ser lançado para a massa a notícia de que Aécio agrediu namorada em festa que em si é grave. O candidato não terá outro programa para desfazer e o trabalho em mídias sociais não terá tempo suficiente para viralizar a defesa à altura. O candidato difamado terá que contar com a “sorte” de os eleitores não acreditar na denúncia ou a denúncia não ter um peso tão grande (difícil, pois é um tema de comoção).

Conclusão

A ideia deste post foi mostrar o possível caminho para difamar o adversário político. Mostrar o caminho para a construção de um discurso político difamatório e não a resolução do problema ou alternativas para blindar esse discurso. Até porque, é preciso ter muitas informações (pesquisas e o plano estratégico geral) para ver qual linha adotar. Pode ser que, para este caso, a equipe de Aécio Neves tenha material para difamar a Dilma e a altura de tornar esse fato pequeno. Pode ser também que a equipe do PT tenha material mais grave para inserir no último programa eleitoral e que seja melhor antecipar isso para um debate.

Gostaria de deixar claro também que uso o termo “acusado” para me referi a “denunciado” e que não necessariamente foi condenado.

Importante deixar claro também que considero o “Discurso” aqui o da campanha para “colar” essa imagem e não uma “análise do discurso de uma frase, parágrafo ou texto”.

Por fim, gostaria de deixar claro também que o fato de eu estar trazendo como exemplo a campanha do PT não significa que a do Aécio Neves esteja isento de sujeiras.

[ATUALIZAÇÃO 17h30]

Uma hora depois de publicar esse post tive acesso ao vídeo do Comercial do PT que começou a ir ao ar hoje na TV e Rádio que fala exatamente o que escrevi. Olhem como estão construindo em Aécio a imagem de que AGRIDE MULHERES! Não vai demorar para tocarem no assunto de 2009!

(Ps: Se o vídeo sair do ar, visto que a equipe de Aécio Neves entrou com ação no TSE para retirá-lo do ar e entrou com outra ação processando a candidata Dilma Rousseff contra difamação, me avisem para eu subir em outra plataforma)




terça-feira, 29 de julho de 2014

Campanhas Eleitorais na TV: O Show Vai começar


No dia 19 de agosto começarão as campanhas eleitorais em rádio em televisão e, como muitos sabem, vai começar o espetáculo de entregas de conteúdo que o público deseja ter e/ou ouvir.

O Marketing Político é importantíssimo, afinal sem ele dificilmente (praticamente impossível) alguém que realmente queira mudar alguma coisa conseguirá chegar ao poder e promover as mudanças necessárias. Portanto, o problema não é o Marketing Político (ou, se preferir, o Marketing Eleitoral) em si, mas como fazem uso dele.

Desde que o poder foi devolvido aos civis (na verdade até antes disso) as campanhas eleitorais estão ficando cada vez mais cinematográficas e o uso das mídias de massa têm decidido as campanhas, principalmente as presidenciais. O candidato passa a ser um produto que deve ser vendido e para obter os votos (sucesso de vendas) é preciso SEDUZIR, PERSUADIR O ELEITOR.

Em Campanhas Eleitorais, que transforma o candidato em produto, valem as mesmas premissas de Campanhas Publicitárias de empresas. Da mesma forma, no Marketing Político valem as mesmas “normas” do Marketing de empresas. Logo, é preciso tratar as Campanhas Eleitorais como são tratadas as Campanhas Publicitárias, tanto quem elabora tais campanhas, quanto, e principalmente, quem as recebe em seus veículos preferidos.

Vale fazer um acréscimo sobre “propaganda enganosa” que é tão combatida e gera revolta no consumidor. Uma empresa precisa entregar o que o consumidor deseja, precisa satisfazer as necessidades do público, para isso faz pesquisas e molda os produtos de acordo com os desejos e necessidades do público. Para vender esse produto, faz uso de ferramentas do marketing (tendo como uma das principais a PROPAGANDA) e quando a promessa não condiz com a entrega o consumidor se sente lesado e recorre a meios cabíveis.

Nas Campanhas Eleitorais o princípio, “a princípio”, deveria valer. As pesquisas para entregar o que o eleitor deseja ocorrem e é interessante que seja assim, é importante saber o que a população deseja e precisa e moldar o produto (candidato) a tais anseios da população. O problema é que o uso mais comum desta ferramenta no Marketing Político visa apenas ganhar a confiança da população e se manter no poder através de mentiras, sendo que o eleitor muitas vezes não tem como recorrer.

Imagine que uma propaganda diz que o consumidor deseja todas as funções possíveis e imagináveis em um celular. A empresa que produz celular diz que seu produto tem tudo isso e realiza a venda. Após adquirir o produto, o consumidor nota que seu aparelho “apenas fala e manda mensagem” e recorre. A empresa responde que as funções estão ali e através de outra propaganda mostra que estão ali mesmo e isso vale como prova irrefutável de que as funções existem em tal aparelho e diz que o consumidor que não percebe, não sabe usar o aparelho devidamente.

Essa estória que acabei de contar é o que mais acontece com grande parte os políticos do Brasil na atualidade, com o diferencial que a população tem poucos recursos para recorrer.

Para ilustrar um pouco como se dá as Campanhas Eleitorais na TV, sugiro dar uma lida nesse artigo elaborado pelo estudante Lucas Corazzini. Possivelmente trata-se de um trabalho de faculdade e tem uma linguagem bastante simples e de fácil entendimento para pessoas que não são da área. O documento se chama “Análise Semiótica da Propaganda Eleitoral” e pode ser lido ou baixado neste link.

Gostaria de ressaltar duas citações que o autor fez no seu trabalho e que mostram muito bem como são as Campanhas Eleitorais na TV (e em outros meios):

1) "De forma neutra, propaganda é definida como forma propositada e sistemática de persuasão que visa influenciar com fins ideológicos, políticos ou comerciais, as emoções, atitudes, opiniões e ações do públicos-alvo através da transmissão controlada de informação parcial (que pode ou não ser factual) através de canais diretos e de mídia." - Richard Alan Nelson, A Chronology and Glossary of Propaganda in the United States, 1996.

2) “Segundo Umberto Eco, a comunicação eficiente fundamenta-se na proposta de arquétipos de gosto que preenche as mais previsíveis expectativas. Entretanto, para não se tornar repetitiva e exaustiva, a publicidade baseia-se no pressuposto de atrair a atenção do espectador, quanto mais violar as normas comunicacionais conhecidas, realizando apelos através de soluções originais.” - Thomas Hohl, Recursos visuais e 4 idéias de uma campanha eleitoral, 2000.

Este artigo ainda traz um pouco de teoria da Publicidade e Propaganda e vale a pena ler em caráter introdutório.

Hollywood Eleitoral

As campanhas eleitorais, então, tornaram-se palco de vendas. O “Estadão” colocou em seu canal no YouTube uma entrevista com o publicitário Eduardo Fischer que fez uma análise da evolução das campanhas eleitorais na TV desde as primeiras eleições diretas para presidente após o Regime Militar, em 1989. Vale a pena assistir este vídeo com pouco mais de 7 minutos.




Para finalizar, gostaria de deixar bastante claro que não sou contra o Marketing Eleitoral assim como não sou contra o Marketing. Muito pelo contrário, sou completamente a favor do uso de ferramentas de Marketing para vender produtos (candidatos) e deixar tudo cada vez mais claro para o consumidor (eleitor) que deverá receber o que deseja. O problema não está no Marketing, mas sim nos vetos, na não liberdade, na censura, na não disputa, no deixar apenas o mais forte fazer o que bem entende, mentindo para o consumidor e não deixando meios para que ele recorra a outras alternativas.








terça-feira, 22 de julho de 2014

Teorias da Comunicação e a Escola de Frankfurt

Teorias da Comunicação e a Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt gerou muitos frutos no campo das ideologias (não necessariamente frutos positivos) e das Teorias da Comunicação. Para entendimento do que se trata toda a teoria (filosofia) gerada a partir da Escola de Frankfurt, é importante ter em mente alguns princípios. O principal deles é que a Escola de Frankfurt tem um direcionamento anticapitalista e anti-civilização ocidental, tentando entender como esses fatores funcionam e influenciam o mundo para então "desconstruí-los".

No início do século XX o socialismo era visto por muitos (aliás, ainda hoje é) como a solução para diversos problemas sociais que acreditavam ser gerados pelo capitalismo, mas as coisas não ocorreram como previam alguns “pensadores” da época: Os trabalhadores do Ocidente não se rebelaram com seus patrões, talvez porque gostavam do estilo de vida, para fazer a revolução, que naquela época acreditava-se que tivesse dado certo na União Soviética. Ficou então a pergunta sobre o porquê das tentativas de revolução no ocidente terem dado errado.

A resposta foi encontrada nos pilares que diferenciavam a civilização ocidental da civilização oriental: O esquema de pensamento, a forma de pensar. Esse esquema de pensamento da civilização ocidental tem como pilares o DIREITO ROMANO, FILOSOFIA GREGA e a MORAL JUDAICO-CRISTÃ. Por isso que nota-se uma crítica sistemática em relação a esses três pilares, principalmente aos dois últimos citados.

A forma de “atacar” esses fatores, como pode-se ver facilmente, é um processo de desconstrução cultural, um esvaziamento da cultura, talvez para colocar outra no lugar. Entende-se, então, o porquê de se falar tanto de “desconstrução” em tudo hoje em dia. Obviamente a base (a fundação) do pensamento desconstrucionista não começou na Escola de Frankfurt, mas com outros pensadores, principalmente do período Iluminista.

Para se aprofundar um pouco mais sobre esse processo de desconstrução da civilização ocidental, recomendo assuntos associados ao que chamam de “Marxismo Cultural” e muitos textos do Antônio Gramsci, este último para entender a forma como está sendo implantada essa “Revolução Cultural.

Recomendo, como caráter introdutório, para os interessados em entender esses pontos:
- Marxismo Cultural e Revolução Cultural: lista de 7 vídeos
- Origem do marxismo cultural: lista com 9 vídeos curtos
- Marx e Gramsci: Aula sobre Marx e Gramsci ministrada pelo professor Marcus Boeira
- Neocomunismo no Brasil - Como está sendo implantado: Slides explicando um pouco da “estratégia” de Antônio Gramsci
- A Escola de Frankfurt e o Marxismo Cultural: Vídeo sobre o quê pretende a Escola de Frankfurt, como estão “desconstruindo” a civilização ocidental (principalmente os EUA, foco deste vídeo, que é a nação mais forte do Ocidente – por isso que os socialistas adoram culpar os EUA de tudo), as bases do pensamento, Antônio Gramsci e Saul Alinsky.

Teorias da Comunicação e a Escola de Frankfurt

As indicações listadas anteriormente vai até um pouco além da Escola de Frankfurt e extrapola o tema “Teorias da Comunicação”, mas é importante ter em mente que muita coisa da Escola de Frankfurt, principalmente no que tange à Teorias da Comunicação e temas relacionados à “Sociedade de Massas”, foram (e ainda são) utilizadas.

Sem mais delongas, abaixo seguem três vídeos que totalizam pouco mais de 2h, que é de fato a razão deste post. Esses vídeos, segundo comentários nos Youtube, foram feitos a partir de aulas do professor Renato Márcio da UNIARA.

Pretendo desenvolver mais detalhadamente cada ponto mais a frente, nas tags relacionadas à Comunicação principalmente “Teorias da Comunicação”, “Comunicação de Massa”, “Cultura de Massa” e “Mídia de Massa”.












segunda-feira, 21 de julho de 2014

Eleição é Guerra

Eleição é Guerra

Estou usando o título “Eleição é Guerra” de forma “emprestada” de um livro do Carlos Augusto Manhanelli escrito no início da década de 90 em que ele trata de forma bem didática e simples o assunto Marketing Político. O autor de “Eleição é Guerra”, em 1992, logo no primeiro capítulo, recorreu ao livro “Da Guerra” de Carlos Von Clausewitz e fez associações diretas, trocando apenas alguns termos. Pretendo aqui fazer algumas associações que não necessariamente estão de acordo com o ponto de vista do Manhanelli.

Basta ser um pouco atento para entender que de fato as campanhas eleitorais se transformam numa completa guerra, principalmente no campo das informações. A própria Dilma Rousseff, em discurso no ano de 2013, afirmou que pode “fazer o diabo” em eleições. E de fato é assim... Planta-se notícias, faz-se uso de artilharia (propaganda) e da infantaria (militância) para derrotar o adversário, tenta prever as atitudes do adversário, protege-se em trincheiras, elabora ataques estratégicos de acordo com o seu posicionamento, faz-se alianças, usa-se o poder judiciário para ocupar tempo do adversário, faz uso da espionagem e infiltração para coletar informações, usa-se da intimidação, além de fazer uso de ferramentas (muitas vezes não muito limpas como atitudes similares ao terror) para encurralar o oponente. O lema “sempre alerta” também é extremamente necessário, visto que não se pode derrapar e os ataques podem vir de onde menos se espera. É preciso maior atenção em suas vulnerabilidades (pontos fracos) e um ataque equivocado pode custar muito caro, dando inclusive mais força ao adversário.

O trabalho estratégico (baseado em planejamento e as informações que as pesquisas passam) para a elaboração tática é de fundamental importância, por isso é de extrema necessidade ter um “setor de inteligência” para acompanhar (espionar e se infiltrar?) todo o andamento da guerra eleitoral.

Como pode ser visto, campanhas eleitorais e guerra tem diversas associações diretas (diria até mais do que com o próprio Marketing). Como pretendo dissecar algumas ações daqui até o final das campanhas eleitorais, decidi fazer essa postagem mais geral. Muito do que falarei daqui pra frente vai estar diretamente ligado a este post.

Eleições vs Guerra

Para finalizar o post, retomo as alguns pontos que o Carlos Augusto Manhanelli apresentou no seu livro “Eleição é Guerra” como ditos no livro “Da Guerra” do autor Carlos Von Clausewitz. Apresento, junto com associações e pontos de vista meus e exemplos dos dias atuais.

01) “Cada um tenta, por meio de sua força física, submeter o outro a sua vontade; o seu objetivo é abater o adversário a fim de torna-lo incapaz de toda e qualquer resistência.”

Esta afirmação do Clausewitz pode ser associada diretamente a duas vertentes: A militância (talvez até o eleitor) e as alianças partidárias. Através da intimidação, usando o medo, tenta-se persuadir os outros mostrando que é mais forte e que é de extrema importância estar do seu lado, dando a entender que ele é mais forte e que se ganhar os que estiverem do lado do então oponente não vai ter as mesmas vantagens. Isso passeia também pelo campo dos ataques morais, colocando rótulos esdrúxulos nos militantes e eleitores do oponente, desqualificando as ações e argumentações previamente, além de intimidar os partidos de outras alianças com ataques sistemáticos.

Quer exemplos? As vaias a Dilma Rousseff nos estádios foram ridicularizadas apresentando como motivo o fato de serem de uma “elite branca” e, em outros locais, associavam essa “elite branca” à eleitores e militantes do PSDB. Jornalistas que por ventura possam apoiar o PSDB, são esculachados e acusados de estarem recebendo dinheiro para isso, além de receberem ataques no campo moral. Políticos de outros partidos que não estão diretamente ligados à partidos aliados são tratados como inimigos mortais e têm suas vidas pessoais vasculhadas. Partidos que não apoiarem sua candidatura sofrem retaliações enquanto os aliados recebem afagos. Esses são só alguns exemplos.

02) “[...] julgar que existe uma maneira artificial de desarmar e derrotar o adversário sem verter demasiado sangue [...] é um erro que é preciso eliminar. Num assunto tão perigoso quanto a guerra, os erros devido à bondade da alma humana são precisamente a pior das coisas.”

Mais claro impossível! Só é você reparar o nível dos ataques diretos que uns candidatos fazem com os outros, tentando detonar totalmente a reputação dos adversários. O erro de pensar que “se eu não me rebaixar ao nível dele” fez o PSDB perder as três últimas eleições pois enquanto o PT atacava os tucanos de forma sistemática e suja, o PSDB ficava com um “ar de superior” pensando que “não se rebaixar ao nível deles” iria conseguir alguma coisa. O mesmo vale para a militância.

03) “Para que o adversário se submeta à nossa vontade, é preciso coloca-lo numa situação mais desfavorável o que o sacrifício que lhe exigimos. Todavia, a desvantagem da sua situação não deve naturalmente ser transitória ou, pelo menos, aparentar sê-lo; caso contrário, o adversário esperaria um momento mais favorável e não cederia [...], é necessário desarmá-lo realmente ou coloca-lo em condições tais que ele se sinta ameaçado por esta probabilidade.”

Isso vale tanto para o candidato adversário quanto para militância (ou eleitores) adversários. Aqui entra o “Assassinato de Reputações” (título do livro do Romeu Tuma Júnior) tanto dos adversários políticos, quanto dos militantes e eleitores, entrando nesse saco também outros que estejam contra o candidato, mesmo que não necessariamente esteja apoiando o oponente.

Podemos tomar como exemplo o que tentaram fazer com o Marco Feliciano, o que tentam sistematicamente fazer com o Jair Bolsonaro, o que estão fazendo com a Rachel Sheherazade (que não declara apoio a ninguém, mas critica o atual governo), o que muitos tentaram fazer com a Denise Abreu quando era pré-candidata... Em termos partidários, aqui entra as sanções e bloqueios de verbas para partidos dos oponentes que estão em exercício do governo (ou prefeitura), destituição de cargos, demissão de estatais (como o caso da demissão do vice presidente da Caixa Econômica). Como intimidação do eleitor, trago aqui uma situação ABSURDA que ocorreu nas eleições para a prefeitura de Salvador em 2012. Militantes do PT faziam uma algazarra (inclusive com xingamentos diretos) diante de eleitores que, pelo menos aparentemente, iam votar no candidato do DEM. Digo isso pois EU MESMO (ninguém me contou, eu senti isso na pele) sofri isso quando saí para votar. O mesmo aconteceu com diversos conhecidos meus, inclusive parentes bem próximos.

04) “Cada uma das partes esforçar-se-á para prever a ação da outra, tirando suas conclusões do caráter, das instituições, da situação e das condições em que se encontra, e adaptará sua própria ação a essas condições...”

Aqui o campo é bem estratégico, então é difícil trazer exemplos concretos e irrefutáveis, visto que ninguém abre suas estratégias, correto? Mas é fato que deve-se estar atento aos movimentos do adversário, tentar descobrir as fragilidades deles (e cobrir as suas pois ele pode descobrir e te atacar nesse ponto), prever reações (e aí entra a decisão se deve ou não responder às provocações e, caso responda, de qual forma, pois a sua resposta pode estar prevista pelo adversário), através de pesquisas tentar prever se o oponente vai partir pro ataque ou vai ficar recuado, decidi se mantem a defensiva ou parte para o ataque, etc etc etc...

Como exemplo, posso trazer uma suposição. O PT sempre reagiu aos ataques sofridos, mas começou a ser mais agressivo quando os ataques começaram refletir nas pesquisas de intenção de voto. Quando a Dilma começou a cair (não necessariamente em números), o PT começou a ser mais agressivo nas respostas e ataques (o que me leva a crer que as pesquisas quase “estáticas” tem erro, pois a resposta do PT não condiz com a “estabilidade” da Dilma nas intenções de voto).

Enfim, esse texto servirá como base para diversos outros que irei fazer daqui até pelo menos as eleições do segundo turno.





sexta-feira, 25 de abril de 2014

MARCO CIVIL DA INTERNET: Perigos Embutidos e Publicidade Para Aprovação


Foi aprovado no dia 23/04/2014, o Marco Civil da Internet, um produto do governo que teve um aparato “publicitário” pesadíssimo com direito a negociação e ostentação em reuniões internacionais. Bom... Se isso fosse na esfera comercial, certamente seria enquadrado como PROPAGANDA ENGANOSA, mas infelizmente a esfera é do governo que hoje, e cada vez mais, tem controle sobre o cidadão brasileiros e suas atividades individuais. Clique para ver e fazer o Download do Marco Civil da Internet como foi aprovado.

No final de março em fiz um post alertando para a censura que está caminhando a passos larguíssimos no Brasil. Busquei traçar “O Caminho do Controle da Mídia e Censura no Brasil” e no post listei 8 vídeos explicativos sobre as armadilhas. É interessante que assista aos vídeos pois complementa este post.

São muitos vídeos tanto a favor quanto contra. Eu, particularmente, sou MUITO CONTRA o Marco Civil da Internet por diversas razões, sendo o cerne do problema o fato de não achar que o Estado deve se meter onde as coisas andam se desenvolvendo muito bem.

Neste post irei listar mais alguns ponto e acrescentar mais alguns vídeos que surgiram logo depois que o Marco Civil foi aprovado na Câmara de Deputados, pelo Senado e foi sancionado pela presidente.

O Objetivo é beneficiar o Usuário?

Vejam esse vídeo que foi publicado originalmente no CANAL OFICIAL DO PT no dia 22/09/2012. Reparem que o Marco Civil da Internet é apenas o primeiro passo para a regulamentação total da mídia (lembro aos leitores que tem outro projeto com um “nome bonito”, como todos os projetos deles por sinal, denominado Redemocratização dos Meios de Comunicação). Não vai demorar para estarmos nos moldes de comunicação bolivariano.



Para mim está claro e cristalino e para você? Outro ponto interessante, que vale ressaltar, foi o que o Senador Lindberg Farias deixou escapar: “Brasil pautar uma Agenda Mundial” (veja o tempo 4:32). Alguém lembra do S.O.P.A, da P.I.P.A e do A.C.T.A? Ele foi motivos de protestos justamente porque iriam ter o controle sobre o conteúdo e poderiam ter acesso à privacidade dos usuários,

Estaria mesmo o brasileiro clamando nas ruas por um regimento na internet? O que eu vejo o brasileiro clamar, em relação à internet, é por melhorias dos serviços. Não é difícil chegar a conclusão que uma livre concorrência, um mercado livre para inovar e uma vasta opção de serviços é que trazem benefícios reais para o consumidor.

Benefício quase ninguém rejeita, correto? Um forte exemplo é o de as pessoas estarem fornecendo loucamente seus dados em troca de serviços gratuitos na internet. Dados pessoais viraram moeda de troca. É exatamente essa a “moeda” do Google, do Facebook, do Twitter e diversas outras redes sociais. Quem aqui não forneceu o próprio email e/ou telefone para fazer um download de um e-book gratuitamente ou acesso a “serviços exclusivos”? Cadastro em sites para ter acesso ao conteúdo é algo muito comum (e você achando que era só para você ficar atualizado das novidades do site, né?).

Foi exatamente isso que fizeram com o Marco Civil da Internet para ele não ser rejeitado de primeira (como aconteceu com o S.O.P.A, o P.I.P.A e o A.C.T.A). Colocaram a tal da “neutralidade da rede” e empurraram com ela um monte de armadilhas.

Na publicidade, a gente só fala para o nosso consumidor as vantagens e tenta evitar falar dos problemas, não é? Alguém viu alguma propaganda do governo (ou de governantes) esclarecendo os “pontos problemáticos” do Marco Civil da Internet? Falavam apenas da neutralidade da rede e da privacidade, sendo que esse segundo é perigosíssimo pois apesar de dizer que vai “garantir a privacidade do usuário”, os provedores deverão guardar os dados de navegação do usuário por um período, MESMO QUE ISSO NÃO SEJA NECESSÁRIO.

O que será que essas mesmas pessoas diriam se uma grande rede de Fast Food fizesse uma propaganda de um hambúrguer cheio de bacon e outras gorduras dizendo que o sanduíche é saudável porque contém a salada? É mais ou menos isso que fizeram com o Marco Civil da Internet e a tal da “neutralidade da rede” (fora que escondeu que isso irá diminuir o leque de possibilidades de dar vantagens aos usuários...).

O que diriam também se numa embalagem de um produto tivesse escrito “Contém 500g, mas a gente pode reduzir para 300g, caso seja necessário, sem a necessidade de especificar na embalagem”? É exatamente isso que diz o Marco Civil da Internet em relação à nossa privacidade: Você terá sua privacidade preservada, mas se for necessário o governo poderá solicitar seus dados para as operadoras e você não precisa saber disso.



Internet Controlada Por Decreto

O fato de a internet poder ser controlada por decreto é algo EXTREMAMENTE PERIGOSO para o usuário, seja ele de qual governo for! Poderia ser qualquer um! Isso significa que a qualquer momento, por decreto, o Estado pode interferir na internet!

Compartilho abaixo alguns vídeos referentes a isso:

A PALAVRA "DECRETO" NO TEXTO DO MARCO CIVIL DA INTERNET - Dep Rubens Bueno


Dep. Rubens Bueno (PPS-PR) se diz contrário ao Marco Civil da Internet


Marco Civil da Internet: Liberdade ou Controle?

No Hangout abaixo o Rodrigo Mezzomo trata de diversos pontos além de expor os perigos do Marco Civil da Internet para o mercado, para a liberdade e para a internet em si.

Hangout sobre o Marco Civil da Internet: Liberdade ou controle? Com Rodrigo Mezzomo - 05/04/2014


Problemas no Marco Civil da Internet

Já no próximo hangout abaixo, mostra além dos problemas jurídicos do Marco Civil da Internet, os problemas técnicos que poderão aparecer

2º Hangout do IMB - Marco Civil da Internet


Uma Lei que é um Produto

Uma Lei JAMAIS pode ser tratada como um produto. O que fizeram com o Marco Civil da Internet (aliás, com estão querendo fazer também com a “Reforma Bolivariana Política”) para aprova-lo foi inaceitável! Tentaram passar uma sensação de “clamor popular” (detalhe, ela "nasceu" na juventude que apoia partidos) e fizeram uso massivo de blogueiros, sites, virais (principalmente com vlogueiros), uso da militância artística (Gilberto Gil, por exemplo) e até propaganda (post patrocinado) no Facebook Ads.

Pergunto: Por que não trataram todos os pontos e só “publicitaram” os pontos que significam benefícios APARENTES para o usuário? Bateram forte, principalmente, na questão de “internet livre” só porque no texto tem algo “fofinho” sobre privacidade. Em pensar que se uma propaganda comercial tratasse um produto perigoso desta forma seria logo vetada (aliás, pode propaganda de produtos perigosos, sem restrições, ou com informações detalhadas sobre o produto?).

Para aprovar o Marco Civil da Internet também foram necessárias várias rodadas de negociação, negociação que em nenhum momento foi com a população, mas entre eles. Se quiser, pode chamar de "Lobby" (no tom pejorativo).

Enfim... Finalizo indicando um excelente texto do Implicante.Org:
Marco Civil: se você está comemorando, é porque não leu o texto aprovado






quarta-feira, 23 de abril de 2014

Processos de Comunicação - Uma visão da Coca-Cola

Post publicado em 06/01/2012 no blog PROPeMARK.

Difícil encontrar "por aí" alguém que não admire o Marketing da Coca-Cola. Essa apresentação titulada de "A visão da Coca-Cola sobre os processos de comunicação na próxima década" foi apresentada em Cannes 2011 por Jonathan Mildenhall, Vice-Presidente de Estratégia Global de Publicidade e Excelência Criativa da Coca-Cola.

Os dois vídeos tem um pouco mais de 15min, mas vale a pena assistir (tem legenda). A apresentação foi, digamos, "dividida" em 10 capítulos:

Capítulo 01 - De que forma a Excelência de Conteúdo Nos Dá Acesso ao "Desenvolvimento do Conteúdo Líquido e Linkado"?
Capítulo 02 - A mudança
Capítulo 03 - Para Onde Vai o Storytelling
Capítulo 04 - Incluir progressivamente a ideia de viver positivo (Live+) em nossos planos de "storytelling"
Capítulo 05 - O Brief de Criação Realmente Fértil e Poderoso Deve Estar Baseado em Provocações, e não em Insights
Capítulo 06 - Desenvolvimento o Conteúdo Líquido
Capítulo 07 - Aplicando os Princípios de 70/20/10 para o Investimento em Conteúdo Líquido
Capítulo 08 - Pesquisando o Conteúdo Líquido
Capítulo 09 - Aplicando o Multiplicador de Dólar para o Processo de Produção Interrelacional
Capítulo 10 - Síntese

A visão da Coca-Cola sobre os processos de comunicação na próxima década.


Conteúdo 2020 - Parte II


Não mastiguei cada capítulo pois acho que vale muito a pena assistir. Se está sem audio, sem problemas, os vídeos são legendados.

Espero que goste! ;)



segunda-feira, 21 de abril de 2014

Estrutura e Regras para Marketing Viral

Post publicado em 22/07/2010 no blog PROPeMARK.


O autor Claudio Torres publicou em seu site um artigo MUITO BOM sobre "Estrutura de uma ação viral - A diferença entre fórmulas e regras".
No artigo ele mostra a estrutura viral e te fornece umas regras para obter sucesso na sua campanha. Segue a estrutura viral e a listagem das regras. Para ler mais sobre o assunto, basta clicar no link acima.

[Estrutura Viral]
A peça viral: Elemento de transporte da sua mensagem. Ela pode ser um texto, um widget, um vídeo, ou qualquer outro formato online. E ela que contém a mensagem e a essencia da estratégia.

A rede de distribuição: Rede social ou o meio por onde a peça viral será transmitida. A peça viral deve ser repassada de Internauta para Internauta, e portanto você tem que definir a rede de distribuição. Ela pode ser a única rede ou só a inicial, se sua peça permitir multiplas formas de transmissão.


A semeadura: Implantação da peça viral nos pontos chaves da rede. Como e onde iniciar a publicação da peça viral na rede é essencial para o sucesso.


Usuários alpha: Primeiros a terem contato com a mensagem, e que tem mais possibilidades de propagação da mensagem inicial. Eles são as pessoas-chave que tem maior imfluência na rede e que são mais sensíveis a mensagem. Pode ser que isso seja inerente a rede de distribuição, ou que dependa de uma pesquisa prévia.


Complementos: Os complementos dão longevidade da campanha. Criar avatares, papeis de parede, músicas e outros elementos que permitam que as pessoas possam “curtir” a ação além do viral.


[As Regras]
01) Faça com que as pessoas sintam algo
02) Não faça propaganda
03) Permita o compartilhamento, download e mashup
04) Crie formas de participação e comentários
05) Não restrinja o acesso a nada
06) Crie sequências completas
07) Não abandone a ação viral


Gostaria de destacar uns pontos que penso normalmente os empresários são "instigados" a não fazer:

"Não faça propaganda": Esse é o mais dificil na hora de apresentar a ação. A primeira coisa que o "chefe" pergunta é: "Cadê os benefícios/produtos da empresa? Coloca ai as vantagens, valores e etc." Uma ação viral, aos meus olhos, é feita para disseminar a marca e não realizar vendas direta.

"Não restrinja acesso a nada": É comum ver também pedir algum cadastro, nem que seja de email, para acessar algumas ações que diz-se "viral". "Para poder fazer o download, cadastre-se. É rápido e gratis!". Essa é a frase mais comum... HeHeHe...

"Não abandone a ação viral": Uma ação viral de Marketing não é que nem um virus da gripe em que voce dá um espirro contaminando todos e esses vão espalhando mundo à fora. Acompanhando a ação, você pode potencializar, aproveitar ganchos, associar a alguma idéia que não foi pensada anteriormente... São inumeras coisas que você pode aproveitar para potencializar seu ação.



sábado, 19 de abril de 2014

O assunto é: TV DIGITAL

Post escrito em 20/08/2010 para o blog PROPeMARK

A Televisão Digital já é uma realidade. Ela possibilita uma maior interação e diversas especulações são feitas quando o assunto é "TV DIGITAL".
Algumas emissoras já começaram a pensar nisso, visto que é uma realidade e a televisão precisa acompanhar a interatividade da internet para não cair na "mesmice" e perder grande fatia do mercado, não somente em audiência mas também em receitas publicitárias (que por sinal está diretamente ligada a audiência).

Segundo site "Mobilepedia":

"Emissoras de TV investem na interatividade

A Globo já permite ao telespectador a participação de enquetes dos programas da emissora e até comprar produtos. Na Copa do Mundo, o telespectador podia acessar tabelas, dados do jogo em tempo real e resultados da competição. No Big Brother, será possível votar para eliminar um participante ou acessar dados sobre ele. Nas novelas haverão informações sobre capítulos atual e anterior, além de galeria de fotos. O mesmo conteúdo interativo também pode ser acessado pelo celular.

O SBT também já está na “pegada” da TV interativa. A emissora fez uma pesquisa com o público e descobriu o que tirava os telespectadores da frente da TV, assim desenvolveram aplicativos para suprir tais necessidades. O canal descobriu que as pessoas levantam do sofá para ver no computador informações sobre metereologia, resultados de jogos e as últimas notícias. Agora, para os telespectadores do canal é preciso apenas um clique e as informações aparecem na tela. O SBT já anuncia que vai investir na interação com redes sociais e mercado eletrônico.

Outras emissoras também estão dando o primeiro passo rumo a interatividade. A Band rodou aplicativos de interatividade durante a corrida de Fórmula Indy, em São Paulo em Março. A Record lançou um aplicativo do programa Aprendiz Universitário, os usuários podiam checar na lateral da tela os perfis dos participantes, dos conselheiros e do apresentador. Na novela Bela, a Feia, também era possível interagir com a TV."


Pensando agora como publicitário, o desafio está em como fazer propaganda em tais meios. É sabido que muitos ou trocam de canal ou simplesmente aproveitam o intervalo comercial para fazer um "pipizinho" ou esticar as pernas. (Por sinal, fico "p" da vida quando vejo os apresentadores "sugerindo" o telespectador aproveitar o intervalo para ir beber água ou ir ao banheiro para não perder a programação. HeHeHe...)

Tal fato já está nos fazendo pensar em como inserir publicidade dentro dos programas de formas alternativas, visto que os "quadros publicitários" dentro dos programas estão tomando o mesmo rumo (levantar e ir beber água). Com a TV Digital especula-se que o telespectador selecione a propaganda que quer assistir, isso é, se realmente vai querer assistir.

Ao mesmo tempo que a Televisão Digital nos abre um leque de alternativas e aguça nossa criatividade, ela nos gera muitas preocupações e está nos jogando num meio muito amplo de infinitas formas de explorar.

Seria muita viagem eu pensar em fazer um comercial interativo, como o video no Youtube em que a gente deve ajudar um entregador de pizza entregar o produto numa cidade cheia de zumbis? E dar a opção ao cliente de comprar o produto na mesma hora em que ele está vendo o comercial com um desconto especial?

Fica aberta a viagem, digo, discussão! ;P




quarta-feira, 16 de abril de 2014

O que é a Geração C?

Essa publicação é do ano de 2011 e foi retirada do blog CHMKT (atual Unplanned). Resolvi pegar uma parte que cita algumas características dessa tal "geração C" e, ao final, 5 dicas! Infelizmente não encontrei a postagem depois que o blog mudou de nome, então não tenho como recomendar o restante da leitura que, inclusive, tinha uma apresentação de slides bem interessante!


Comportamento Tribal: Essa geração forma suas próprias identidades e se expressa em tribos, refletindo o desejo de conectar em torno de idéias interessantes, objetos culturais, causas e movimentos Para ter chances maiores de alcançar a Geração C, as marcas precisam entrar nas conversas que estão acontecendo nas tribos. Opiniões de dentro das tribos tem muito mais credibilidade e conseguem mais atenção em comparação a fontes externas.

Status social com base nas coisas que compartilha: A Geração C ganha credibilidade com seus amigos ao expressar opiniões, ideias, observações e pensamentos. Essa influência depende do que eles compartilham, e de qual a freqüência. Portanto, pra virar conversa entre a geração C é preciso criar capital cultural sempre novo. Aparecer com novidades, comenta, é um processo que dá a eles status dentro das suas tribos e redes sociais. Os profissionais de marketing, aliás, precisam pensar sobre como estão melhorando o status social dos indivíduos com quem estão tentando engajar.

Comportamento de enxame de abelhas: Empoderados pelas mídias sociais, os membros dessa geração se mobilizam como um único ser dentro dessas tribos - assim como as abelhas -, em assuntos que os interessam. Os profissionais de marketing que querem influenciá-los de forma eficaz devem falar com a comunidade, e não com o indivíduo. Quando o assunto é decisão de compra, por exemplo, 85% dos jovens confiam na aprovação dos amigos, diz Pankraz.

Oxigênio social: Mais do que qualquer outra “geração”, a C se esforça para se manter constantemente conectada em plataformas de mídias sociais. Seus aparelhos móveis, no entanto, são seu ‘oxigênio social’, permitindo se conectar, criar e compartilhar opiniões e pensamentos dentro das suas tribos. O celular age como sua ponte para o mundo, mas, ao mesmo tempo, funciona como um escudo social para esse grupo se proteger das pessoas com quem não quer passar tempo.

Atenção parcial contínua: Esse pessoal consome, em média, 13 horas de conteúdo diário, e está constantemente exposto a novidades. Como se fossem especialistas em gestão de conteúdo e informação, eles se envolvem em conversas sem fim, constantemente ‘transmitindo ao vivo’ suas experiências ao mundo.

Camaleões: As plataformas de mídias sociais criaram um novo comportamento tribal entre o pessoal da geração C. Eles são camaleões, constantemente mudando e transformando suas identidades para simultaneamente pertencer ao máximo de tribos possíveis. Uma dimensão única definitivamente não é uma opção para a Geração C, conta Pankraz.

Co-criadores: A web social libertou a criatividade da geração C, levando ao que Pankraz chama de ‘democratização da criatividade’. Eles não mais consomem ideias, mas ativamente participam, se envolvem e colaboram.

Para ajudar a criar conteúdo para a geração C, o Dan Pankraz deixou 5 dicas. Segundo ele, os profissionais de marketing devem garantir que o conteúdo:

1. Seja relevante, útil e divertido.
2. Melhore seu status social dentro das tribos.
3. Peça uma reação e tenha uma interface social divertida.
4. Conecte os integrantes da geração uns aos outros, não apenas com a marca.
5. Permita a geração C a participar, interagir ou produzir conteúdo e passar adiante.


Recomendo a Leitura de A chamada Geração C




segunda-feira, 14 de abril de 2014

A Chamada "Geração C"

Publicado em 07/08/2010 para o blog PROPeMARK


Este artigo é tão bom e pertinente que merece um post exclusivo para ele. "Geração C" é a geração do "Conteúdo, Compatilhamento e Conectividade". Geração que não conhece um mundo sem esses "3 C's". Geração essa que possui indivíduos de 16 anos ou menos, que num futuro muito próximo fará parte de seu mercado agindo de forma direta (sem intermédio de mesadas e afins). Isso se já não está atuando, ganhando dinheiro com seus "freela", blogs e etc.

Pensemos, com 21 anos espera-se estar inserido no mercado da forma que chamei de "direta". Isso significa que daqui a 5 anos, NO MÁXIMO, a "Geração C" já estará fazendo parte da estratégia de comunicação para a população economicamente ativa.

Aos que estão entrando no setor de Marketing (e adjacências) e aos que já estão inseridos, é muito importante saber como se comporta esta geração e o artigo listado abaixo, juntamente com o video, retrata MUITO BEM como se comporta a chamada "Geração C".

Confira o video com menos de 10min:


Após ver o video, leia o artigo publicado por Camila Leporace para o site Opinião e Notícia:

#Leia aqui o artigo "Geração C".

Finalizando
Geração Y, Geração C, Geração G, Geração Z, Geração F, D ou P... Importante frisar que o mais importante não é se prender aos nomes que resolvem dar. Importante mais ainda é frisar que muito mais do que a idade, o que é mais marcante nessas "gerações letrinhas", é o comportamento, assim um vovô pode ser mais "geração qualquer letrinha" que um fedelhinho...

Leia também: O que é a Geração C



sábado, 12 de abril de 2014

Como se relacionar com o Consumidor

O vídeo não é novo (é de 2010), mas expõe de forma didática de como se relacionar com o consumidor no século XXI. Apesar de já ter um certo tempo, de tudo isso continua super válido, ou melhor, a questão de precisar envolver mais o consumidor para reter a sua atenção diante da "batalha midiática de informações" ficou ainda mais complexa.





domingo, 6 de abril de 2014

MULHER: Peça Fundamental na Sociedade

Post Escrito em 16/03/2014 para o blog Comunicação Conservadora.


A mulher tem um papel fundamental na sociedade, tão importante quanto ou, afagando o ego feminino, talvez até mais importante devido ao fato que está sob responsabilidade dela muitos aspectos fundamentais como O PRIMEIRO CONTATO DO SER HUMANO COM O MUNDO.

Na propagação da espécie o natural para um ser humano passar a existir neste mundo real é ser gerado em um corpo feminino, depois da união com um indivíduo masculino. Justamente por vir ao mundo a partir do corpo feminino, é deste a função de nutrir o pequeno ser humano, de forma progressiva, até que este atinja sua independência alimentar. Se nutrir é uma condição básica para um ser vivo.

Durante esse processo, principalmente no primeiro ano de vida, o contato mais próximo e de maior dependência do ser humano é exatamente com a mãe (indivíduo do sexo feminino), sendo ela a primeira e principal referência.

Sendo mais específico, para a criança a mãe é a única referência que ela tem. Um dos primeiros traumas da criança é exatamente quando entra a figura do pai e a criança, em primeiro momento, vê-lo como um rival, como um empecilho, como alguém que atrapalha a sua relação com a sua fonte de vida a qual depende completamente para sobreviver. Por isso que nos primeiros anos a criança é muito mais próxima da mãe do que do pai e justamente por isso é natural que a educação dos filhos (por extensão) fica sob responsabilidade da mulher. Ao homem, que deve ser homem de verdade, cabe dar toda a condição possível para que a mulher e os filhos prosperem e, sendo mais homem ainda, deve dobrar sua atenção e dedicação neste momento em que a mulher e o filho se encontram em condições “frágeis” diante de possíveis ameaças.

O ser humano é um ser social e a sociedade é formada por indivíduos, indivíduos esses que foram gerados e educados (pelo menos nos primeiros meses e levando em consideração as condições citadas até aqui) pela mulher. Ou seja, tanto homem quanto a mulher começam seu processo social a partir da mulher!

E se eu quisesse acabar com a propagação adequada da cultura e ainda lucrar em cima disso, qual seria o melhor meio?

Se eu visse a cultura como um problema e quisesse acabar com ela ou, pelo menos, alterá-la substancialmente (ou seja, fazer uma revolução) eu iria na raiz do meu problema: ou seja, na mulher.

Iria incutir valores por meio de propagação “boca a boca” (buzz Marketing, sendo mais direto), fazer uso de influenciadores para reforçar, usar meios de entretenimento femininos para implantar propaganda e mudar o foco de percepção das mulheres e, para dar o “cheque mate”, mexeria com os “bichos ferozes” que todo ser humano carrega consigo, também conhecidos como “Pecados Capitais”, que tem como entes mais fortes: SOBERBA, AVAREZA E LUXÚRIA. Não podendo desprezar as forças da PREGUIÇA, da GULA, da INVEJA e da IRA.

Depois de mexer com tudo isso, o processo se completa com movimentos sociais promovidos pelas mulheres moldadas artificialmente e injeção massiva de propaganda para estimular as ações e, logicamente, estimular o consumo do que eu quiser vender (pode ser produto, que inclui serviço, ou uma ideia). Voltarei a esse ponto após listar os 7 pontos de ataque no emocional feminino que os instrumentos de propaganda cultural fazem uso.

ALIMENTANDO OS 7 BICHOS NA MULHER

Um dos valores mais importantes para qualquer ser humano é exatamente a LIBERDADE. Não irei aqui entrar na discussão do que é “ser livre”, mas tenho que dizer que esse argumento deve ser constante para ir no coração de qualquer indivíduo. Então... Assumamos de antemão que já foi trabalhado (e de fato já foi) que TER PODER É TER LIBERDADE.

ALIMENTANDO O BICHO SOBERBA

Para alimentar essa emoção é preciso fazer a pessoa se sentir o máximo, única, o centro das atenções. Fazê-la querer poder e cada vez mais subir pela “escada da vaidade”. Fazer a pessoa querer cada vez “mais e mais” e isso é intrínseco do ser humano (basta ser honesto na observação). Nada satisfaz esse bicho e você estimulando e alimentando-o fará chegar a um ponto que ele tomará conta por completo da pessoa.

“Quem manda em casa é você!”. “Tenha todos aos seus pés”. “Você pode fazer o que você quiser”. “Você é mais do que isso!”.

Poderia elencar diversos outros alimentos para esse bicho, mas prefiro parar por aqui.

ALIMENTANDO O BICHO AVAREZA

Essa emoção está intimamente ligada à soberba pois a sensação passada, como pode ser visto anteriormente, é de que “você só pode se você tiver” e o ter está intimamente ligada ao consumo e isso me permitirá vender (ou desenvolver produtos para vender) o que eu quiser.

A soberba é alimentada através do que alimenta a avareza, dizendo a grosso modo. Quanto mais você tem, mais você pode. Quanto mais você pode, mais você tem.

Os argumentos de venda são bem próximos, praticamente juntos e complementares, como pode ser visto. Destaco trecho da avareza (A) e da soberba (S).

“Compre o produto X (A) e você se sentirá mais importante (S)”. “Tenha sucesso na carreira (S) e poderá ter tudo que desejar (A)”. “Com os sapatos Y (A) você terá todos os homens aos seus pés” (S). “Shampoo Z (A), para você ficar ainda mais poderosa (S)”.

ALIMENTANDO O BICHO LUXÚRIA

A luxúria está intimamente ligada ao prazer de forma geral. Entrando no específico, a luxúria está associada ao prazer sexual e o sexo é inerente ao ser humano pelo próprio instinto de propagação da espécie. Assim, quando esse instinto é alimentado com foco no “prazer”, este último acaba superando a instinto e sendo fonte única.

A luxúria também pode reforçar os outros 2 bichos (avareza e soberba) pois o processo de sedução passa pelo prazer e passa pelo instinto sexual. Há também a questão de, “num passado não muito distante” a sexualidade ser sinal de poder (pelo próprio instinto de propagação da espécie). A fêmea fértil podia mais que a infértil. O macho mais forte podia escolher a melhor fêmea (mais fértil) para ter mais descendentes e ser mais forte. O macho que TINHA mais fêmeas era considerado mais poderoso.

Alguns argumentos são: “Pessoas que fazem mais sexo são mais felizes”. “Dê asas a seus instintos”. “Com a calcinha V você terá tudo que quiser”. “Sinta-se livre, tenha o preservativo P sempre na bolsa para os melhores momentos”. “Mulher poderosa tem que ser prevenida, tenha sempre em mãos o preservativo P”.

OS BICHOS DA PREGUIÇA, DA GULA E DA INVEJA

Passarei rápido por essas três emoções por também estarem associadas aos outros (repararam que todos se alimentam entre si, correto?).

A PREGUIÇA está associada ao menor esforço e, hoje em dia, a maior qualidade de vida (ou ter mais tempo para o prazer). Poder significa ter melhor qualidade de vida e, portanto, precisar se esforçar menos. “Maior comodidade para você”. “Por que você precisa fazer se o produto W faz tudo por você?”. “Se imponha, delegue tarefas!”.

A GULA está super ligada ao fato de querer sempre mais. O prazer desperta isso! “Quanto mais prazer, melhor”! Quanto mais você tem, maior o seu poder e por isso você deve querer sempre mais. “Poder é ter opções de escolha”. “Piscina, academia, sala de massagem, salão de jogos, pátio, varanda, 50 banheiros, 100 quartos, 30 elevadores, quadra de tênis, campo de golfe, opções para seu conforto”. “O celular de 500.000 utilidades”.

Já a INVEJA está no fato de “querer ter”, ser mais que o outro, se destacar... Está intimamente relacionada à soberba. Está em querer ser o que o outro é ou, de preferência, mais que o outro. “Você pode mais”. “Suas amigas vão ficar de boca aberta”. “Quem está no topo, tem poder. Você pode chegar lá!”.

A IRA! Aaahhh, a Ira!

Separei esta por um motivo apenas: é o motor da ação radical para muitos, principalmente os movimentos sociais. A ira acaba sendo despertada quando lhe é apresentado tudo que foi citado anteriormente e você se sente “oprimido” por não poder ter. Se todos os “bichos” anteriores estiverem bem alimentados, vão querer se soltar e o “bicho” capaz de fazer isso é a ira.

Não é atoa que os “gritos dos oprimidos” contra os seus “opressores” são exatamente recheados de ira. Não é atoa que os “motes” dos movimentos sociais são todos raivosos.

O PROBLEMA É O CAPITALISMO?

Você que chegou até aqui nesta leitura, deve estar pensando que estou sendo contraditório. Como estou denunciando tanta coisa do capitalismo sendo um defensor do próprio capitalismo?

Talvez você não tenha notado que o problema não está no capitalismo, mas sim nos que pregam contra o mesmo. A sociedade ia muito bem até vir um indivíduo (na verdade vários) que, ao mesmo tempo em que diz atacar o capitalismo insere valores capitalistas. Fora que ser a favor do capitalismo não significa que eu não veja problemas nele.

Tomando como exemplo o movimento feminista que tem mais a ver com o tema geral deste post. O que move este movimento? Dizem (apenas dizem, para deixar claro) que é por uma igualdade entre homem e mulher. Igualdade em que? NO PODER CAPITAL! Ou seja, reduzindo o ser humano ao capital. Não... Não foi o capitalismo que fez isso, mas sim pessoas que se dizem socialistas (mas que na verdade adora um "capitalzinho")..

Mas, deixando por hora essa discussão que é mais profunda e não faz parte do escopo desta postagem, o que diversos movimentos que se dizem “pró mulher” está exatamente INSERINDO A MULHER NESTA LOUCURA, sendo que antes ela estava protegida e tinha valor pelo que ela ERA e não pelo que ela TEM.

A propaganda das empresas está lá para vender, e assim deve ser pois quanto mais vende, mais cresce e mais pode contribuir para a sociedade através de empregos, investindo em ciência para desenvolvimento de produtos (e comodidades), podendo, inclusive, “afagar o ego dos ambientalistas” procurando meios mais sustentáveis de produção através de pesquisas. A propaganda também está lá para realizar a sedução a um público definido e não obriga ninguém a nada, o problema está na influência terceirizada, NAS PRIORIDADES QUE A PESSOA TEM PARA SI e quem trabalha massivamente com essas prioridades, invertendo o jogo, é exatamente essas pessoas que se dizem socialistas.

O problema é que esses mesmos movimentos que dizem defender a mulher, reclamam que a mulher está sendo privada do que “o capital” tem a oferecer e dão mais injeção de consumo para elas, mexendo com a SOBERBA (dizendo que ela deveria querer mais poder) e a AVAREZA (dizendo que ela precisa conquistar cada vez mais coisas para ter mais poder) e incentivando a IRA (dizendo que ela precisa se rebelar para poder ter mais poder).

Falei que os “7 Pecados Capitais” são “bichos” que todo ser humano tem dentro de si. Apesar do nome sugerir, os “7 Pecados Capitais” não são obra do capitalismo (são alimentados por ele, isso é inegável), são "emoções" que o ser humano carrega consigo desde que o mundo é mundo e ser humano é ser humano. O capitalismo trouxe um progresso gigantesco e permitiu uma mobilidade social que antes não existia e a “competição pelo capital” permitiu um desenvolvimento fantástico.

A Mulher é Quem Mais Sofre com os Movimentos Feministas e de Quebra Destroem a Cultura

Falei anteriormente de como a mulher é importante para a sociedade, podendo ser até mais importante do que o homem pelo simples fato de ser dela a responsabilidade do primeiro contato de tanto o homem quanto a mulher com o mundo. Por causa desse primeiro contato, o apego e confiança dos indivíduos - nos primeiros anos de vida, se a mãe fizer seu papel direito - é sempre mais forte em relação à mulher, a mãe. Se você confia mais, obviamente estará mais aberto para aprender com este em quem confia. POR ISSO QUE É MAIS INDICADO QUE A MULHER SEJA A EDUCADORA!

Com todos os “bichos” alimentados a mulher cria em si vontades e desejos que vão de contra ela, fazendo-a entrar em crise devido a “responsabilidade” que ela tem em si. E para completar ainda tem "umas criaturas" que ficam cutucando a onça... É como se você estivesse louco(a) de vontade de pular na piscina durante um casamento e um(a) amigo(a) fica te instigando e te enchendo de álcool para você pular. Até o final da festa você pula, tenha certeza!

Desde os primórdios, a sociedade foi se organizando conforme as necessidades fossem aparecendo, mas essa organização, até o século XVIII era evolutiva, contínua, e sempre tinha em vista o melhor para a sociedade como um todo e não para si apenas. Os indivíduos assumiram papéis conforme as necessidades (algumas momentâneas, outras perenes e as momentâneas depois de supridas havia um retorno à normalidade).

Com as duas grandes guerras do século XX, a mulher precisou assumir um papel MUITO IMPORTANTE, praticamente como obrigação e não como opção. É mito dizer que a mulher só entrou no mercado de trabalho devido às guerras. Antes disso ela já poderia se inserir. Contudo, depois das guerras, surgiram movimentos que estão QUERENDO IMPEDIR A MULHER de voltar à normalidade, ou seja, voltar a ter opção de escolha. "Vai depender de homem?!", "Se liberte! Seu marido só te quer submissa a ele". "Veja que você é superior a seu marido, você além de fazer as coisas de casa pode fazer as tarefas dele também". "O homem te quer em casa para ficar com a amante". "E se ele te abandonar? Você vai ficar com uma mão na frente e outra atrás"...

Impedindo como? Alimentando a SOBERBA, a AVAREZA, a LUXÚRIA, a INVEJA, a GULA, a PREGUIÇA e a IRA. Alimentando esses “bichos”, cria-se escamas nos olhos e pessoa fica cega (tanto homem quanto mulher) querendo alimentar cada vez mais essas emoções. Para alimentar esses “animais ferozes”, a mulher precisa assumir uma nova função, de forma perene e não mais momentânea, deixando a desejar em outras funções que ela faria de forma muito mais capacitada do que um homem (por motivos que já citei nesse texto).

Assim, a cultura será afetada, a organização social (progressiva há milênios) será desestruturada, o caos será implantado. De quebra, ainda alimenta a face mais negativa do capitalismo. A mulher passa a consumir mais, a pagar mais impostos e a assumir mais papeis. Com maior demanda de papeis a remuneração DE TODOS tende a cair e com ela a qualidade de vida e ocorrendo um nivelamento por baixo das condições de todos. A mulher não dando o suporte adequado à educação (a qual ela é dotada de maior confiabilidade por parte do educando, conforme já explicado), não há cultura que se propague, não há violência que não se instaure e não há caos que não se instale.

Finalizando...

Se você ainda comentar algo como “Mas tudo que foi dito o homem e a mulher podem fazer”, significa que você nada entendeu do texto. Se você, raivoso ou raivosa, vier a pensar que sou machista, significa que entendeu menos ainda o que acabei de dizer.

E se você acha que devo me calar, sem nem discutir os fatos e ideias, o problema é ainda mais sério e o ou a intolerante e que não aceita as divergências é você! Mostra que já chegou ao estágio cego da ira que VOCÊ que é a vítima desse “sistema” e precisa se desintoxicar. ;)

Não falo aqui das mulheres que são GUERREIRAS e que assumem todas as tarefas devido a adversidades. Não falo aqui da mulher QUE QUER POR NATUREZA PRÓPRIA se dedicar apenas ao sucesso profissional. Não falo também que a mulher tem a obrigação de ser dona de casa e cuidar dos filhos (até porque o mundo de hoje em dia não permite mais isso para a maioria esmagadora das famílias).

Não falo aqui que a mulher deve deixar de estudar e não deve aprender um profissão, até porque, caso ela opte por se dedicar ao casamento e aos filhos, na falta do homem, como ela se viraria? Infelizmente existem sim crápulas por aí...

Critico sim o fato de estarem cada vez mais querendo empurrar e OBRIGAR a mulher a ser multitarefas, quando, penso eu, a sociedade deveria ser formada por COMPLEMENTARES e estes devem assumir tarefas que se ajudem mutualmente (o que não significa NECESSARIAMENTE todo mundo fazer tudo, como está caminhando hoje em dia).

Falei aqui um pouco da propaganda, se eu for dissecar as novelas, o buraco será ainda mais profundo e sujo. Se eu falar de alguns certos tipos de programas na televisão (aberta e fechada) e de algumas "revistas especializadas"... Vixe! Ferrou... Mas acredito que com isso já tenha dado para perceber a sujeira do método e que o fato de a MULHER SER UMA PEÇA FUNDAMENTAL NA SOCIEDADE, ela ser alvo de tudo e de todos...